Lágrimas de amor e sangue
João Carlos
Para o amor da minha vida
Quero-te não para guardar em uma caixa
ou prender-te a um cofre para exibir
em reuniões ocasionais, finais de semana.
Não como jóia rara, cara, coleção de selo,
esquecidas em caixinhas prateleiras,
veneradas de quando em quando,
ao gosto e sabor do proprietário.
Quero-te sim possuir, possuindo como
o agricultor a chuva, o surfista o mar,
a criança o mundo e o pássaro o ar.
Quero ser pai, filho, irmão, namorado,
não te abandonar nunca, sempre ao seu lado.
Quero tomar conta de ti e proteger-te,
não para prender-te às regras ou convenções,
mas para que sejas livre, e sendo livre,
resgate-me de onde estou preso, e te escrevo
em meio a lágrimas de sangue e amor.
João Carlos (1967) mora em Brasília
(DF) e diz ser esse seu primeiro poema. Não tem trabalhos publicados.
[ Voltar ]
RESPEITE OS
DIREITOS AUTORAIS E A PROPRIEDADE INTELECTUAL
Copyright © 1996 PROJETO RELEITURAS.
É proibida a venda ou reprodução de qualquer parte do conteúdo deste site. |